Blog do Natinha (Jônatas Liasch)

02 outubro, 2008

Sim, diga não!

Dizer “não” tornou-se algo até mesmo imprescindível numa sociedade encharcada de mentiras e corrupção nos mais variados níveis sociais e culturais. Como se pode notar a história do dizer “não” começa na primeira idade. Somos apresentados à fôrma negativa do “não” ainda quando criança. E isso é resultado da educação transigente em excesso a que estamos sujeitos. Daí o reflexo na sociedade tão permissiva que vivemos.

O bom pai sempre tenta desenvolver em seus filhos um sentido de significado. Precisa dilatar aquele senso de responsabilidade sobre eles. Deve levá-los a um nível de maturidade e autonomia coerente à sua idade biológica. Para tanto alguns agentes são essenciais. Carinho, atenção e tempo de qualidade são primordiais. Um canal de comunicação constantemente aberto também ajudará muito. Entretanto, uma disciplina adequada e contínua será indispensável.

Estabelecer limites aos filhos é também uma desafiante arte. Colocar fronteiras claras e coerentes no comportamento das crianças evitará que se convertam em pequenos pára-raios de insegurança e tirania. Aí começa o desafio de dizer “não”. Todo pai é confrontado com a tentação de dizer “sim” na maioria das vezes aos filhos. É difícil vencer aquele rostinho em forma de piedade quando está dizendo em tom de choro: “ah, pai! Só desta vez!” Infelizmente, quando não vencemos este impulso indiscriminado de dizer “sim”, podemos estar interiorizando nas crianças que não existem limites, regras nem princípios que dão o “norte” para o comportamento humano.

Não estou afirmando que devamos ser rígidos e inflexíveis na tolerância. Por outro lado não podemos imprimir sobre os filhos uma imagem de paternidade autoritária. É natural que cada família exerça sua própria forma de educação de filhos. Contudo é muito importante saber discernir a diferença entre o “poder fazer” e o “não poder fazer”.

Dizer “não” é um grande desafio para nossa sociedade e esse exercício começa dentro de casa. Por mais estranho que possa parecer um simples “não” pode ser o agente propulsor de uma ação positiva. Um mero “não” pode se transformar num sólido fundamento para um profundo relacionamento entre as pessoas, inclusive entre pais e filhos. 

- extraído do livro "Sim, diga não!", sem edição, Jônatas Liasch (Natinha) -

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